segunda-feira, 28 de julho de 2008

e as pessoas da sala de jantar

A pancada lhe foi seca, em cheio no crânio, que estraçalhado manchou a rua. Era catador a 1 ano e meio. Sem ambição, Wellington da Aparecida morreu vítima de uma colisão entre sua carroça e um Honda Civic de placa e dono desconhecido, pois o imundo fugiu.
De lembrança o criminoso levou migalhas de cérebro molhadas de sangue da sua vítima, a qual morreu sem poder nada. Nem ter medo da própria morte lhe foi concedido. Único consentimento, feito ao seu corpo, foi vala comum dividida com mais 40 corpos e dois baldes de resto de gente da faculdade de medicina da UFC. Às pessoas do restaurante ao lado do crime restaram-lhes o pouco ou muito do jantar que continuaram...

domingo, 20 de julho de 2008

sem fala

Aberto fresta pequena, ele desceu faceiro com uma faca em cima do corpo da vítima. A moça era de rosto muito feia. Esburacado pela quantidade de espinhas que lhe consumiram na adolescência, trazia, além disso, um nariz torto, causado por um soco do pai, construindo, assim, uma face desprovida. O que de belo tinha no rosto era a serenidade. Por 45 minutos, a besta derramou-lhe suor e sêmen fétido por todo o seu corpo, amaldiçoando-o em ritual diabólico.
Lisa, sem nenhuma mancha e alva como uma dondoca. Movimentava em rebolado involuntário uma bunda enorme e dura do caminhar. A barriga reta de pouca comida e muito trabalho físico na sua casa e em lares alheios aumentavam ainda mais o volume da bunda e salientavam os seios fartos. Ela ainda tentava cobri-lo com saias longas e feias, e blusas largas que lhe caiam rengas pelo corpo, mas era muito volumosa. Suas roupas traziam entre os homens mais fetiches.
Gilvania da Conceição Almeida só pensava no seu rebento que dormia ao seu lado, por isso deixou facíl a ação do estupro pelo vizinho. Este voltou para sua casa pela porta da frente. Conceição, como é conhecida, vendo o sair ainda ficou por horas com choro soluçado.

sábado, 12 de julho de 2008

Por amor

O primeiro puxar serviu apenas para afrouxar. No segundo o resultado desejado. Simultâneo à ação sinistra, lágrimas e um chorar de quem perdeu o perdido. Um último beijo de gosto nojento seguido por uma ânsia de vômito, e Cláudio a colocou de volta na eternidade. Silvana era o nome dela, hepatite a causa de sua morte. Ao ser recolocada no caixão, Cláudio ajeitou desnecessariamente o decote dela. Em dois anos de namoro, Cláudio nunca gostou de decotes; chamavam atenção demais. Na prisão, quando Silvana ia lhe visitar, era uma briga só.
Após ter terminado o serviço de enterrá-la, Cláudio cheira o chumaço de cabelo arrancado de sua amada no segundo puxão. Última lembrança, já que não o liberaram da prisão para se despedir da noiva. O cabelo fedia verme e barata.
Era já 12h12min no seu relógio digital, precisava ir. Saiu tranqüilo como entrou, um pouco mais fanhoso pelo choro. Ao chegar em casa, foi à cozinha pegar o pote que havia reservado para guardar o cabelo de Silvana. Era de vidro, ficaria no seu criado mudo.
Para o desfecho do serviço criminoso, a queima das provas. Alguns jornais e um pouco de álcool fazem a fogueira e, de frente ao fogo, Cláudio se despe e queima todas as suas roupas. Olha pela última vez as horas, 02h03min, e joga seu relógio. Às 3h, Cláudio já tinha feito fogo o suficiente para chamar atenção dos vizinhos e da polícia. Dez para as cinco, marcado no relógio de parede da delegacia, Cláudio tinha terminado a história no interrogatório. O delegado, a escrivã e os policias estarrecidos olhavam-no. Cláudio vendo o choque de todos termina:
“Fiz isto por amor...”.