terça-feira, 30 de junho de 2009

Show do Cordel do Fogo Encantado


No dia 3/7 (sexta feira) a banda pernambucana, Cordel do Fogo Encantado, chega a Fortaleza com o show inédito de celebração dos 10 anos do grupo. No currículo são quatro CDs lançados, participações em trilhas sonoras, como o filme de Cacá Diegues, " Deus É Brasileiro" e " Lisbela e o Prisioneiro", de Guel Arraes, além de projeção internacional, com apresentações na Bélgica, Alemanha, França e inúmeros prêmios (BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003)
Na ocasião o Cordel do Fogo Encantado participa do evento que marca o lançamento da quarta edição do Festival Ponto.CE. Misturando a forte presença cênica envolto a percussões e um violão regional na condução harmônica, a banda formada por "Lirinha" na voz e pandeiro, Clayton Barros (violão), Emerson Calado, Nego Henrique e Rafa Almeida (percussões), traz a mistura do Reisado, Toré, Samba de Côco e o Afro-samba para a Praça Verde do Dragão do Mar.
Para os fãs do quinteto, o repertório será composto pelos hits contidos nos três CDs de estúdio da banda, onde ``Chover´´, `` Pedrinha´´ e ``Ai se Sesse´´ possuem presença garantida. Após Fortaleza os pernambucanos vão até Mossoró e terminam a passagem pelo nordeste.

Contato para entrevista : 81-9926.9266 – Guti – Cordel do fogo encantado

Serviço
Dia:03/07/2009 (Sexta-Feira)
Atração: Cordel do Fogo Encantado (PE) - show inédito de comemoração aos 10 anos da banda
Local: Praça Verde do Dragão do Mar
Horário: 21 Horas
Ponto de Venda: Kangaço Rock Street - RUA SENADOR POMPEU, 834, SALA 323,3 ANDAR – GALERIA PEDRO JORGE - CENTRO
Informações: 3254.29.93 / www.pontoce.com.br

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Empirismo

Jaqueline sempre morou na mesma casa. Com a fuga da mãe, logo na infância, assumiu as tarefas do lar. Desde os 8 anos, a menina cozinha todos os dias para o pai. Afonso, como atende, homem sisudo sempre manteve por medo a filha em regime semi-fechado. Jaqueline não tem amigos, apenas um diário no qual desde o começo da sua escrita anota suas atividades e sonhos.
De 15 dias para cá Afonso reclamava vez por outra da comida da menina. Ela por sua vez pedia desculpas submissas. O homem demorou apenas 15 dias reclamando do novo tempero da filha, por envenenamento Afonso morreu sem ajuda médica na própria casa. Jaqueline fugiu, seguindo a sina da mãe, deixou o diário, explicando que o abandono era por vida nova, nele explicou todos os quinze dias, veneno por veneno, sintoma por sintoma, como uma cientista.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

500.000,00 reais

Ricardo corria muito, com o filho enfermo precisava de remédios receitados. Chovia pouco e já era meio da noite. Ao deixar cair a receita mal escrita por um médico público, voltou-se apressado para apanha-la. Difícil foi a consumação do ato simples, em rua molhada o papel pelejou a sair. Ricardo não ouviu a bozina de Germano que acelerou ainda mais ao ver o homem.
Suspeito! Suspeito! Disse pedindo alguma solução para os companheiros.
Ricardo ainda percorreu o corredor da emergência, mas morreu antes do diagnóstico. Gemano não respondeu pelo atropelamento, dirigia um carro forte com 500.000,00 reais em espécie e Ricardo, o seu suspeito, tinha ficha suja na polícia, o que apenas agravou. Infelicidade de Jonas e Maria do Carmo que ficaram sem pai e salário.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Justiça e Moral

Amarraram-no como amarram bois em vaquejadas.Porém ao invés das pernas e braços ficarem à frente como as patas do boi, eles ficaram para trás. Uma multidão arrastou-o até certo terreno baldio e bateu-lhe sem preguiça.
Gritava exaustivamente por socorro, gemia a cada soco e sangrava muito. A roda formada a sua volta clamava por violência pedindo cada vez mais agressões. Clamavam por justiça e moral.
José da França, 17, morreu por efeito da hemorragia, seu corpo desfaleceu com multiplas escoriações e fraturas por pauladas, chutes e socos, tudo porque queria ser chamado Luana.

sábado, 11 de abril de 2009

O som do ferro

O metal arranha o cascalho das ruas do Serviluz. Pela noite, o cabo Hamilton marcha com seu cano de ferro de um metro de comprimento. As manchas de sangue no cano testemunham a favor de algumas vítimas fatais. Sempre jovens infratores que perambulavam de forma suspeita ou estavam sentados de forma suspeita por lá. Poucas foram suas suspeitas injustas.
Para matar, o cabo vai com o ferro à cabeça do elemento. 3 vezes, 4, 5, até 6, quando o desgraçado ainda emite alguns espasmos de sofrimento pelo corpo. Hamilton detesta ver sofrimento. Para estupradores ou outros criminosos hediondos, acerta-lhes a vértebra. O novo paraplégico nunca mais recuperava o andar, e jamais esquece seu erro.
Beeeeeeeeeemmmmm!!! Ecoa pelas ruas do Serviluz a batida do cano de ferro em alguma vítima - suspeita por perambular ou ficar sentada - do cabo Hamilton. Moradores escutam. O som do ferro arrepia uns, faz chorar outros, a maioria apenas vira o corpo para outro lado da cama com a mente mais aliviada. Uns até sussurram baixinho: "É isso mesmo Hamilton."

segunda-feira, 30 de março de 2009

acerto

Saiu armado e decidido. Inserto da volta, beijou a todos da família, num ato falho beijou até sua empregada. Preferiu ir a pé para seu destino. Mudou percurso costumeiro para não encontrar com os amigos. Pensava o porquê protelara a tanto este ódio grande. Ao pensar nos filhos dele quase se arrependeu. Mas não deu tempo.
Osvaldo e Nonato encontraram-se ambos armados antes do previsto, haviam desviado caminho pela mesma rua. O saque de armas foi de west . Ambos sacaram e acertaram-se fatalmente. Final ridículo de uma briga de egos tal qual.

terça-feira, 24 de março de 2009

Erro

A vítima era delegada federal. De primeiro não reagiu. Dois menores e subnutridos. Celular, bolsa, a aliança e um relógio. Com uma arma de brinquedo apontada a vítima, fugiram rápidos e assustados. A delegada entrou nos trilhos armada. De um telefonema surgiram 7 viaturas.
Com uma das narinas preenchidas com um cano de uma magno 47, Gabriel não respondia a uma pergunta da delegada, apenas chorava. Aprisionara a primeira lágrima até o sétimo chute no estômago seguido de uma cacetada no rim.
Lennon escondido na casa da tia, apenas ouvia sermões da irmã mais velha. Ele não se sensibilizava. Dentro da viatura Gabriel ainda não o caguetara. Recompensa? A vida.
A mãe de Gabriel passou mal ao saber da prisão do filho. Lennon continua solto, mas a vítima prometeu sua morte.