quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Catolé

Ao chão, Acácio esperava o disparo de César. Passado minuto, levantou-se para saber o que ocorrera. No bar de Aurea, Jorge ainda trêmulo tentava entender porque ainda vivia. César disparara um trinta e oito inteiro mirado no peito de Jorge. Catolé ocorrera por milagre talvez. Acácio do portão de casa, ainda não compreendera o que houvera, mas sem sangue no bar entrou.
Jorge mesmo vivo, ainda depois de todos terem ido – decepcionados – não entendia. César dormia em casa, depois de ter descontado na mulher Dália toda a raiva.
Jorge foi-se depois do último talo de cachaça rasgado na garganta. Em rua estreita começava já a assimilar bem humorado o milagre grande. Não tinha humildade em agradecer Deus, porém ria alto do infeliz César.
Um tiro abafado por aquele amontoado de casas. Por honra de família e para salvar a mãe de outra sova, Fabiano de 14 anos apontou torto o mesmo berro a Jorge. Acertou-lhe no peito. Catolé não acontece duas vezes em mesma pessoa. Na manhã Acácio ao olhar o corpo, foi correndo para escola contar a história, agora com desfecho certo.

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